Saiba mais sobre as iniciativas da Frente de Mobilização de Recursos do Vertentes!

 

Hoje em dia, muito se fala sobre a preocupação com o impacto socioambiental, os eventos  climáticos extremos e a urgência de novas fontes energéticas menos poluentes, mas pouco se fala sobre a sustentabilidade humana.

O “S” do famoso ESG é praticamente inexistente na agenda das grandes corporações. A crise climática é um fato, mas não existe sustentabilidade socioambiental sem um olhar atento à Humanidade e à saúde mental desta, que é um importante desafio da sociedade contemporânea.

O impacto da pandemia de covid-19 na economia foi cruel, mas tivemos um outro impacto invisível, que foi uma crise que, se fosse viral, seria uma nova pandemia: a crise dos transtornos mentais.

Mais investimento é, portanto, crucial, não só humanitariamente, mas também como estratégia econômica, já que cada dólar aplicado pode gerar um retorno quatro vezes maior em produtividade, segundo a OMS.

Hoje, contamos com apenas 2% do orçamento de saúde destinado à saúde da mente no Brasil. É vital aumentar esse aporte e temos, nos investidores sociais privados, grandes agentes possibilitadores dessa transformação.

“Quando falamos em investimento em saúde mental, a gente investe pouco e investe mal. Grande parte do investimento está concentrado no governo federal e é alocado em questões hospitalares e terciárias. Pouco sobra pra promoção e prevenção de saúde. E é nessa lacuna que a gente pretende trabalhar aqui no Vertentes.” Beto Carvalho

E, para construirmos uma transformação sistêmica, precisamos fortalecer as estruturas comunitárias e multisetoriais, ampliar o potencial de investimento e criar mecanismos de financiamento sustentável. Para isso, nossa frente de Mobilização de Recursos visa fortalecer redes locais, criando um ecossistema resiliente de apoio à saúde mental a partir dos recursos do Fundo Vertentes.

“Queremos facilitar o processo de transferência de recurso e o empoderamento de comunidades locais.” Beto Carvalho

Temos um projeto-piloto em parceria com as Secretarias de Educação e Saúde do Rio Grande do Sul que conta com a colaboração técnica da Mental Health Psychosocial Support ([MHPSS.net](http://mhpss.net/)), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde especializado em saúde mental e suporte psicossocial em contextos de crises humanitárias e climáticas.

Escolhemos o Rio Grande do Sul devido ao impacto devastador das enchentes este ano e o projeto será implementado a partir do engajamento de comunidades escolares, criando um elo entre saúde, educação e outras áreas e contando, sempre, com a participação ativa das juventudes. Nosso esforço é para incentivar o protagonismo local, a adaptação de práticas baseadas em evidências e a transferência de tecnologias.

Pretendemos gerar um modelo escalável para comunidades em todo o Brasil, integrando promoção, prevenção e cuidado em saúde mental e fortalecimento da resiliência comunitária. Mas isso só será possível se ampliarmos o investimento em saúde mental em todas as agendas e todos os setores e, para isso, precisamos desenvolver novas estruturas de fomento.

Nessa rodada inicial de captação, esperamos captar 8 milhões de reais para construir essas bases, fortalecer a capacidade de cada uma de nossas frentes de atuação e alavancar o nosso potencial de financiamento nas comunidades, com o diferencial de uma abordagem coletiva, integrada e multisetorial.

Contamos com a parceria e o apoio de todos vocês nessa construção. Vamos unir forças para transformar a saúde mental no Brasil a partir de transformações sistêmicas e sustentáveis!

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