A falta de investimentos em saúde mental é um desafio global com impactos profundos na economia, na saúde pública e na vida das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 970 milhões de pessoas sofrem com algum transtorno mental, com a depressão e a ansiedade sendo os mais prevalentes.
Esse cenário tem gerado um custo econômico mundial estimado em 1 trilhão de dólares por ano, principalmente devido à perda de produtividade. Mesmo assim, os investimentos na promoção e prevenção da saúde mental permanecem insuficientes e mal-estruturados, resultando em um ciclo contínuo de prejuízos que afeta tanto indivíduos quanto empresas.
Para financiadores, o investimento em saúde mental pode parecer arriscado, especialmente quando se considera o retorno financeiro e o risco de imagem associado a esse tipo de projeto.
No entanto, é essencial destacar que dados oficiais demonstram que cada dólar investido em saúde mental pode gerar um retorno de quatro dólares. Isso significa que, além do impacto social positivo, há um retorno econômico significativo, reduzindo os custos com afastamentos e aumentando a eficiência dos colaboradores, além de também fortalecer a reputação da empresa como uma organização responsável e comprometida com o bem-estar social.
A necessidade de ação é urgente, portanto, os desafios da saúde mental não podem ser ignorados. É também papel dos financiadores sociais e filantropos garantir que mais recursos sejam direcionados à saúde da mente, possibilitando a transformação de riscos em oportunidades e construindo um legado duradouro de impacto positivo.
Fontes:
Organização Mundial da Saúde (OMS). “Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates.” 2017.
Chisholm, D. et al. “Scaling-up treatment of depression and anxiety: a global return on investment analysis.” The Lancet Psychiatry, 2016.
Organização Mundial da Saúde (OMS). “Mental Health and COVID-19.” 2022.